Cinco grandes provedoras de banda larga dos Estados Unidos passarão a
alertar clientes quanto ao compartilhamento ilegal de conteúdo quando
este for identificado. Trata-se de um acordo negociado com as principais
organizações da indústria do entretenimento.
Os alertas não significam que a conexão será cortada, mas, depois de
alguns deles, o usuário será direcionado a uma página e forçado a
contatar sua provedora para continuar a navegação. Outras iniciativas poderão surgir pra convencer o internauta a desistir de baixar gratuitamente arquivos protegidos por direito autoral.
Dentre as ações comentadas, a redução da velocidade de banda é uma
possibilidade, ou a obrigação de que o internauta revise material
educativo sobre propriedade intelectual. Elas, porém, só serão
providenciadas depois que cinco avisos forem exibidos, afirmou Cary
Sherman, presidente da RIAA – entidade que reúne as maiores gravadoras
norte-americanas.
O sistema, porém, não funcionará como especulado anteriormente: três
chances, e caso o internauta as desperdice, perde o acesso à Internet.
De acordo com Thomas Dailey, vice-presidente da entidade e conselheiro
da Verizon, as provedoras não controlarão o tráfego, mas tentarão educar
o consumidor para que o compartilhamento ilegal de conteúdo diminua.
Os nomes dos clientes notificados ficarão em sigilo e não serão
repassados às empresas proprietárias dos arquivos baixados. Para James
Assey, vice-presidente da NCTA – organização que representa os
provedores de banda larga – apesar do acordo, o número de envolvidos
ainda é pequeno. A maioria das companhias preferiu não fazer parte do
pacto.
Além da Verizon, outras quatro assinaram o contrato: AT&T,
Comcast, Cablevision System e Time Warner Cable. A principal vantagem,
de acordo com Sherman, é que os esforços serão unificados e contêm um
componente educativo. "É um acordo histórico”, disse.
Além da RIAA, outras associações estão inseridas na parceria, como a
Motion Picture Association of America – de filmes – e a Association of
Independent Music – de música independente. Elas, porém, não abandonarão
a postura de processar os usuários quando acharem necessário – ação a
que a RIAA, por exemplo, recorre frequentemente.