Por Eric Cordeiro de Souza
Um especialista em segurança digital, que sofre
de diabetes, descobriu uma das primeiras vulnerabilidades encontradas
em dispositivos médicos. Jay Radcliffe revelou, em um evento em Las
Vegas, falhas de segurança em bombas de insulina implantadas em
pacientes com diabetes.
Segundo Radcliffe, hackers podem facilmente invadir os dispositivos,
que possuem um sistema de comunicação sem fio. As falhas poderiam
permitir que um hacker controlasse remotamente as bombas e alterasse as
doses de insulina. No palco da conferência de segurança Black Hat,
Radcliffe hackeou a bomba que estava implantada no seu próprio corpo.
Na quinta-feira (25), Radcliffe revelou o nome da companhia
responsável pelo dispositivo. Mesmo dizendo que os riscos aos pacientes
são baixos, Radcliffe disse que a empresa Medtronic deveria tomar
medidas para que a bomba se tornasse mais segura
A Medtronic reconheceu que as falhas nas bombas poderiam permitir que
hackers invadissem os dispositivos. No entanto, a empresa afirmou que
os cerca de 200 mil pacientes de diabetes que usam o dispositivo não
precisam se preocupar, porque o risco de um ataque hacker é extremamente
baixo. "Isso teria que ser uma ação premeditada por alguém tentando
causar danos a um indivíduo”, disse John Mastrototaro, da Medtronic.
O vice-presidente da empresa de segurança McAfee, Stuart McClure,
disse que o debate sobre a segurança cibernética em dispositivos
médicos deve ganhar força. "Todos os dispositivos, incluindo os
médicos, podem ser hackeados, e as empresas não devem pensar que seus
equipamentos estão imunes”, disse McClure.
Fonte: http://www.noticiastecnologia.com.br/
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