A eleição para o cargo considerado o mais importante do mundo, o de
presidente dos Estados Unidos, pode ter uma falha grave de segurança. É o
que afirmam pesquisadores do Argonne National Laboratory.
Esta semana ele mostraram como urnas eletrônicas que devem ser
utilizadas na eleição de 2012 podem ser facilmente invadidas utilizando
um componente eletrônico barato.
Roger Johnston, diretor do
Vulnerability Assessment Team, do laboratório de pesquisas da
instituição, afirma que o processo requer cerca de 25 dólares e muito
pouco conhecimento técnico. E permite a cibercriminosos alterarem os
votos registrados nas urnas Diebold Accuvote TS, sem deixar sinais
disso.
Johnston e sua equipe têm alertado sobre vulnerabilidades
em sistemas eleitorais nos últimos anos. Há dois anos, por exemplo, eles
demonstraram como urna Sequoia com tela sensível ao toque podia ser
alterada de maneira semelhante.
Na demonstração mais recente, os
pesquisadores do Argonne mostraram como inserir um componente para
interceptar os votos e mudar os dados antes que eles sejam gravados pelo
sistema.
O componente tem menos que metade do tamanho de um
cartão de crédito e foi montado utilizando um microprocessador de 1,29
dólar e uma placa de circuito que custa menos de 10 dólares. Ele pode
ser simplesmente conectado a um cabo do equipamento, sem necessidade de
solda. Uma vez conectado, ele pode ser controlado a distância com um
controle remoto comum de 15 dólares.
Segundo ele, as urnas
eletrônicas são "incrivelmente fáceis de serem adulteradas”, porque
todos os componentes eletrônicos essenciais são acessíveis e podem ser
facilmente modificados.
Ele destaca que os sistemas de votação
são deixados com freqüência sem grande proteção quando não estão em uso
ou que podem ser interceptados em trânsito.
A Electronic Systems & Software, dona dos equipamentos para votação Diebold, não foi encontrada para falar sobre o caso.
Fonte: http://idgnow.uol.com.br/seguranca/2011/09/30/urna-da-eleicao-presidencial-dos-eua-pode-ser-facilmente-201chackeada201d/