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8:12 AM
Tablets: falta de mão de obra qualificada é desafio na produção
Para especialistas, uma das possibilidades para eliminar o gargalo é a
abertura de cursos de formação e treinamento de profissionais fora do
País.
Especialistas do setor de TI são unanimes. O Brasil terá de se
movimentar para contornar a falta de mão de obra qualificada no País
para poder contar com uma indústria de tablet até 2014, como estabelece
cronograma dos ministérios da Ciência e Tecnologia (MCT) e do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
João Maria
de Oliveira, integrante do grupo que estuda economia da informação no
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), é um dos que acreditam
nessa premissa. Para ele, o País não conta com profissionais capacitados
para dar suporte à continuidade do processo de instalação de uma
fábrica.
Concorda com Oliveira o economista-chefe do Instituto de
Estudos para o Desenvolvimento Industrial, Rogério César de Souza. Ele
considera a disponibilidade da força de trabalho para a indústria de
ponta no Brasil "uma questão bem delicada do nosso desenvolvimento,
ainda a ser resolvida”.
Fábio Bedran, gerente administrativo da
empresa mineira MXT, que fabricará o aparelho para o mercado
corporativo, está preocupado. "Acredito que existe, atualmente, um
déficit de mão de obra em quase todas as áreas, o que, com certeza,
implica em certa dificuldade de encontrar profissionais interessados e
qualificados para o desenvolvimento e produção da indústria de tablet”,
afirma.
Minimizar o apagão Na opinião do
secretário de Política de Informática do ministério, Virgílio Almeida,
uma possibilidade para eliminar o desafio é treinar profissionais fora
do País e trazê-los de volta para operação das fábricas mais
sofisticadas. Segundo ele, "o Ministério da Ciência e Tecnologia vai
procurar criar programas que apoiem as empresas a fazer isso”. Isso
porque, o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia estima
que o Brasil possui, hoje, um déficit de 20 mil engenheiros por ano. A
ideia é eliminar esse gargalo.
Já o Ministério da Educação
estuda, por meio da implementação do Programa Nacional de Acesso ao
Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec), que será votado no Congresso
Nacional, a possibilidade de disponibilizar mais cursos para formar mais
técnicos em eletrônica.
Perfil do profissional A
produção nacional de tablets vai exigir a contratação de engenheiros
eletricistas, engenheiros de radiofrequência e engenheiros de
telecomunicação, para o desenvolvimento dos dispositivos do aparelho.
Além de profissionais das áreas de ciência da computação e sistema de
informação, para o desenvolvimento de aplicativos e programas.
Na
fase de fabricação, a demanda é por engenheiros de controle e
automação. Na etapa seguinte, a de testes, profissionais de ciência da
computação e técnicos de eletrônica são necessários.