Há mais de 25 anos, o pesquisador tem estudado as redes neurais afim de
entender e ultrapassar os princípios que limitam a nossa evolução
biológica. Ou seja, descobrir e provar que o cérebro consegue exercer
seu poder além de nosso próprio corpo.
"Neste livro, eu proponho que, assim como o universo que tanto nos
fascina, o cérebro humano também é um escultor relativístico", escreve.
Nicolelis defende que com esse mapeamento e controle total do cérebro,
aliado ao rápido avanço tecnológico visto, fronteiras de pensamento
serão quebradas, possibilitando ao homem controlar maquinas e outras
estruturas apenas com a força do pensamento", escreve.
O neurocientista narra todo seu percurso profissional, e as ideias e
influências que o levaram a conduzir os estudos nessa magnífica área. As
experiências que deram certo e errado, os resultados de ontem e o que o
futuro --em curto prazo --nos aguarda.
Os impactos dos aguardados resultados serão sentidos em todos os campos
de saber, mas, em destaque para a medicina, onde estruturas e novas
tecnologias serão essenciais para o combate a diversos tipos de doenças
mentais, como Alzheimer, e abrem um novo campo para as próteses.
Naturalmente, tudo o que também pode envolver na construção e melhoria
das cidades também será beneficiado, assim como a novas descobertas do
espaço.
"Imagine se você de repente pudesse experimentar toda a gama de
sensações despertadas por um simples toque na superfície arenosa de um
outro planeta, milhões e milhões de quilômetros distante daqui, sem ao
menos sair de sua sala de estar. Ou, ainda melhor, como você se sentiria
caso lhe fosse dado acesso a um banco de memórias de seus ancestrais
remotos, de modo que pudesse, num mero instante, recuperar os
pensamentos, emoções e recordações de cada um desses seus entes
queridos", instiga Nicolelis.
A imaginação e realidade parecem se confundir, e que assim seja.
Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/939172-mente-e-maquina-podem-ser-uma-so-sugere-miguel-nicolelis.shtml